No nosso último post falamos sobre os motivos que tornam a escolha de uma plataforma de BPMS tão difícil (veja aqui).
Aprofundando a questão da seleção de plataformas, um equívoco muito comum está no fato dos profissionais acreditarem que soluções de BPMS livres ou de baixo custo são sempre mais baratas do que as ferramentas pagas. Por vários fatores que veremos a seguir esta premissa nem sempre é verdadeira, sendo fundamental que os seguintes fatores sejam analisados:
- Investimento total na ferramenta no longo prazo: Nem sempre o custo de licenciamento é o maior custo na aquisição de uma solução BPMS, principalmente quando visto a médio ou longo prazo. Muitas vezes, o custo de um contrato de suporte e manutenção de uma ferramenta gratuíta é significativamente maior ao final de 3 ou 5 anos do que a soma dos custos de licenciamento e contrato de manutenção de outras ferramentas, de modo que este custo não pode ser analisado somente no primeiro ano.
- Requisitos disponibilizados pela ferramenta: Para evitar que o barato saia caro, analise o quanto a solução escolhida é aderente às necessidades da sua empresa. Caso existam requisitos obrigatórios ou opcionais que ela não atenda, verifique qual será o impacto da solução escolhida não ter estas funcionalidades.
- Benefícios (reais) de uma solução Open Source: A escolha de uma solução open source (quando o fabricante disponibiliza o acesso ao código fonte do produto) nem sempre traz o benefício esperado pela organização. Via de regra, fornecedores que dão suporte e manutenção às suas ferramentas não permitem, durante o período de vigência do contrato, que seus clientes alterem o seu código fonte, pois isso inviabilizaria o contrato de suporte.
- Características do suporte oferecido pelo fabricante: É fundamental verificar como é o nível de suporte fornecido pelo fabricante: Questões como a existência de suporte no país, a língua em que é prestado o atendimento, a possibilidade de se obter um atendimento no local, a disponibilidade 24×7, a existência ou não de um limite de abertura de chamados e o tempo de atendimento à produção devem ser analisados de modo a verificar se o suporte irá atender às expectativas.
- Existência de mão de obra qualificada: Uma ferramenta de BPMS, por si só, é uma caixa vazia: não tem nenhuma utilidade enquanto os processos não forem desenvolvidos. Assim, a disponibilidade de mão de obra capacitada para realizar este desenvolvimento torna-se um fator crucial.
- Esforço para a formação de um profissional apto a operar com a plataforma: Uma alternativa para uma eventual falta de mão de obra qualificada é a organização investir na formação de pessoal capacitado. Aqui, torna-se fundamental avaliar qual a complexidade desta formação: Quais os pré-requisitos mínimos de conhecimento de um profissional que venha a se capacitar? Como é a qualidade do material de capacitação fornecido pelo fornecedor? Existem instrutores disponíveis para realizar esta formação? Ou existe uma material de auto-estudo que permita esta capacitação? O quão rico é este material?
- Verifique o custo da mão de obra especializada: De nada adianta a organização economizar em licenciamento e gastar muito mais a cada projeto de automação que for realizar. Desta forma, é importante que se avalie qual o custo da mão de obra especializada em operar a ferramenta de BPM.
- Qual a produtividade oferecida pela plataforma: Finalmente, a produtividade também é um fator essencial na análise de custo entre plataformas distintas. Semelhante à questão do custo da mão de obra, uma plataforma que render uma produtividade significativamente superior às outras pode ter o seu custo de licenciamento pago rapidamente ao final de um primeiro ou segundo projeto de automação.