Ibrahim achou que seria um dia de trabalho normal, mas naquela manhã o seu crachá não liberou a catraca. Com apoio do segurança que já o conhecia, conseguiu acessar o prédio mas ao chegar na sua mesa não conseguia acessar sua estação de trabalho, e os colegas o informavam que seu nome aparecia como “inativo” na lista de funcionários. No dia seguinte, além da catraca, seu usuário já estava desabilitado de todos os sistemas da empresa, e pela tarde duas pessoas haviam recebido emails para escoltá-lo para fora do prédio.
Detalhe: ninguém na empresa havia solicitado seu desligamento. Tudo foi conduzido por uma máquina.
Parece um tanto dramático para ser verdade, mas esta história foi contada em um artigo publicado pela BBC News (“O homem que foi demitido por uma máquina” – original: “The man who was fired by a machine” – https://www.bbc.com/news/technology-44561838).
A notícia serve de alerta para uma reflexão importante sobre uma pauta que tem provocado muita expectativa: a discussão sobre o papel da tecnologia na substituição da força de trabalho nos (processos de) negócios.
Já publicamos aqui nesse blog alguns artigos sobre a temática da força de trabalho digital, e enxergamos um grande potencial nesta tecnologia.
Mas também entendemos que BPM e RPA devem andar juntos, estruturando processos de negócio e processos de trabalho equilibrados em eficiência e eficácia, orquestrando a tecnologia e o envolvimento das pessoas. Com isso, podemos equilibrar as tomadas de decisão nas mãos das pessoas e a operação automatizada nas mãos dos robôs.
RPA pode ajudar a reduzir muito o trabalho manual e repetitivo, apoiando e agilizando etapas dos processos como a consolidação ou a movimentação de informações entre sistemas. Com isso, possibilita aos processos organizacionais obter uma operação mais eficiente. Quando RPA conta com o apoio de algoritmos de Inteligência Artificial, pode atender a uma variedade maior de alternativas e gerar diferentes respostas para o processo, executando o trabalho de forma mais inteligente e com maior autonomia.
Mas em último grau, a avaliação, a análise, a tomada de decisão, recai sobre uma responsabilidade inerentemente humana.
Neste cenário, os processos a serem robotizados precisam ser cuidadosamente avaliados, planejados e implantados para evitar resultados indesejados em que a eficiência ganha na robotização comprometa a eficácia necessária para a operação do negócio – especialmente naqueles centrados nas pessoas.
Conheça nosso curso RPA do Planejamento à Gestão: Como implantar uma força de trabalho digital e prepare-se para uma adoção de força de trabalho digital estruturada em sua organização.