Estes dias, ouvimos a seguinte frase de uma pessoa da área de negócios:
“A gestão quer que a gente implante Inteligência Artificial (IA), mas como vou fazer isso, se existem vários pontos que não estão corretos no processo?”
Essa pessoa consegue visualizar que não pode implantar automação em um processo que possui fragilidades que comprometem a entrega do seu resultado.
Ainda bem! Porque atualmente as organizações estão focadas na implantação de tecnologias de inteligência e hiperautomação como BPMS, RPA e IA, porém, muitas não enxergam que para isso, é necessário que o processo seja conhecido e melhorado.
Mas porquê então precisamos mapear os processos?
O Corpo Comum de Conhecimento em Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM CBOK) nos ajuda a entender isso:
“Processo é uma agregação de atividades e comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar um ou mais resultados. São compostos por atividades inter-relacionadas que solucionam uma questão específica. Atividades são governadas por regras de negócio e vistas no contexto do seu relacionamento com outras atividades para fornecer uma visão de fluxo ou sequência.”
De forma objetiva, podemos dizer que todo processo possui entradas que serão processadas de acordo com regras de negócios para gerar resultados. Logo, se o processo possui fragilidades que não são tratadas antes da implantação de tecnologia, não teremos uma otimização deste processo e sim, a transferência do problema de um ponto para outro.
O mapeamento do processo ajuda as equipes de negócios a compreenderem a operação de forma mais holística, localizando e entendendo suas fragilidades e pontos de gargalos na raiz. A partir disso, podem identificar melhorias e planejar ações para que suas atividades sejam executadas de forma mais eficaz, permitindo que o processo se torne mais eficiente, antes da implantação de tecnologias.
Muitas vezes, um processo possui fragilidades que precisam de:
- Treinamentos para as equipes para que entendam e executem o trabalho e as regras de negócio corretamente;
- Comunicação assertiva entre as equipes no momento da passagem das atividades do processo (handoffs);
- Ajustes de regras de negócios que podem estar obsoletas ou desatualizadas;
- Exclusão de atividades que não geram valor agregado;
- E até a implantação de tecnologias como BPMS, RPA e IA.
O entendimento e identificação das fragilidades fará com que as organizações não gastem recursos na implementação de tecnologias em processos ineficientes.
Outro ponto a ser observado é que, com o mapeamento do processo e identificação das fragilidades, é possível identificar qual a capacidade de IA, que melhor se adequa para resolver o problema, apoiando uma melhor decisão estratégica na adoção dessas soluções.
Quer saber mais sobre quais tecnologias podem ser utilizadas para auxiliar no mapeamento de seus processos? Veja o artigo “Como o uso de tecnologias inteligentes e ferramentas analíticas pode apoiar o ciclo de vida do BPM”
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