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Ética na Inteligência Artificial: Construindo organizações com Responsabilidade Digital

A inteligência artificial está revolucionando todos os setores, trazendo benefícios significativos para empresas, governos e indivíduos, como aumento da produtividade, otimização de processos, personalização de serviços entre outros.

Artigo escrito em colaboração com Simone Bastos


A inteligência artificial está revolucionando todos os setores, trazendo benefícios significativos para empresas, governos e indivíduos, como aumento da produtividade, otimização de processos, personalização de serviços entre outros.

No entanto, esse rápido avanço também levanta questões éticas complexas que precisam ser cuidadosamente consideradas:

  • Viés e Discriminação: Algoritmos de IA podem perpetuar visões positivas ou negativas existentes na sociedade, podendo levar à à discriminação contra grupos minoritários. É essencial que as organizações se atentem a isso.  Para minimizar esse risco deve-se tratar as bases de dados utilizadas para o treinamento, cuidando para que não sejam enviesadas e também  pode-se pensar em equipes diversificadas envolvidas nos projetos.
  • Transparência e Explicabilidade: A falta de clareza sobre as decisões e impactos dos sistemas de IA, originada da sua complexa natureza, exige medidas além da documentação dos processos de treinamento. Integrar mecanismos explicativos à própria IA é crucial para garantir transparência real. Tais mecanismos permitirão que a IA torne sua linha de raciocínio transparente e acessível, possibilitando uma avaliação completa de seus resultados. Somente com a combinação de documentação completa e mecanismos explicativos integrados poderemos garantir que os sistemas de IA sejam utilizados de forma responsável, ética e transparente. 
  • Privacidade e Segurança de Dados: A coleta e o uso de grandes conjuntos de dados para treinar sistemas de IA levantam preocupações cada vez maiores com a privacidade e a segurança das informações pessoais. Proteger esses dados e esclarecer o seu uso não é apenas uma questão de cumprimento de legislação – é vital para manter a confiança do público.
  • Autonomia e Controle: A IA autônoma, sem controle humano adequado, pode comprometer a segurança e liberdade das pessoas.

Mecanismos de controle, juntamente com a transparência e explicabilidade, são fundamentais para garantir a utilização ética da IA.

  • Impacto no Emprego: A inteligência artificial trará transformações significativas no mercado de trabalho, impactando as demandas por diferentes habilidades e competências. Os governos, empresas e instituições de ensino devem colaborar na requalificação profissional e educação continuada para preparar trabalhadores para as mudanças e o novo cenário. 

**Se você deseja saber mais sobre o tema, leia o artigo que apresentamos no evento da Semana das Mulheres: https://blog.iprocess.com.br/2023/03/smi23-tecnologia-processos-e-pessoas-como-a-inteligencia-artificial-esta-transformando-o-futuro-do-trabalho-06-03/

 

Para que a IA  seja utilizada de forma ética e responsável dentro das organizações é necessário desenvolver uma governança estruturada, como a recomendada abaixo:

  1. Definir valores éticos da IA na organização:  Estabelecer princípios éticos que orientem o uso da IA, garantindo que as aplicações estejam alinhadas com as crenças da organização.
  1. Manter inventário de tecnologias: Catalogar as tecnologias de IA utilizadas, compreendendo suas funcionalidades e impactos nos processos internos, além de possibilitar a rastreabilidade da origem das informações em situações de mudança.
  1. Analisar os riscos e necessidades dos stakeholders: Identificar e avaliar os riscos da IA, levando em conta as preocupações de colaboradores, clientes e da comunidade.
  1. Mapear riscos e valores impactados: Identificar riscos associados à IA e seu impacto nos valores da organização e interesses dos stakeholders, visando mitigar efeitos negativos

Esses tópicos servem como um guia para a implementação responsável da IA, promovendo transparência e confiança na tecnologia.

 

Princípios Éticos Fundamentais:

Organizações internacionais como OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), CE (Comissão Europeia) e UNESCO já têm mapeados  princípios orientadores para a adoção de IA. De forma geral, eles se resumem nos seguintes princípios:

  1. Beneficência e Não Maleficência
  2. Justiça e Equidade
  3. Transparência e Explicabilidade
  4. Responsabilidade
  5. Privacidade e Segurança de Dados
  6. Segurança e Proteção
  7. Compatibilidade com Direitos Humanos

A ética na IA requer um diálogo contínuo entre especialistas, governos, empresas e o público. Trabalhando juntos, podemos garantir que a IA seja uma força para o bem, em um mundo digital mais responsável.

 

Para garantir que a IA seja usada de forma ética e responsável, é importante estabelecer uma visão clara dos processos, assegurando transparência, equidade e governança digital em todas as áreas da organização. Confira também o artigo Por que Modelar Processos na Era da IA?.

 

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